sábado, 26 de novembro de 2011

Ila Fox Arrumadinha, Ila Fox em casa, ilustração


Ok, até tento andar bonitinha aqui em casa, mas tem dias que não dá né? principalmente quando o trabalho tá pegando. Cheguei a conclusão que este negócio de andar arrumada dentro de casa só existe em novela da Globo. Ainda bem que o Andrade me ama de todo o jeito!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Uma história sobre o céu e o inferno




Deus, numa atitude incomum, convidou um Pastor e um Padre para conhecer o céu e o inferno. Ao abrirem a porta do inferno, viram centenas de pessoas sentadas à volta de uma mesa enorme. No centro da mesa, viam-se os manjares mais requintados que qualquer pessoa poderia imaginar e, embora todos tivessem uma colher para chegar ao prato central, estavam mortos de fome! O problema era que as colheres tinham o dobro do comprimento dos seus braços e estavam presas às suas mãos. Assim, todos podiam servir-se, mas ninguém conseguia levar a comida à boca. A situação era deveras desesperada e ouviam-se gritos de dor e sofrimento.


Entraram numa sala idêntica à primeira, onde se depararam com o mesmo cenário; as pessoas em volta e, para surpresa dos dois, as mesmas colheres de cabo comprido, que alcançavam o prato central, mas não podiam alcançar a boca. Mas a grande diferença é que todos estavam saciados. O pastor e o padre se questionaram? - Eu não compreendo - disse o padre- por que aqui as pessoas estão felizes, enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual, inclusive as colheres com cabos compridos? - Sim, como isso é possível? - completou o pastor. Deus sorriu e respondeu:- Ainda não compreenderam? Aqui, no céu, ninguém morre de fome, porque os meus servos aprenderam a dar comida uns aos outros.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

As coisas que são sem ser.

Um dos jargões que o Slavoj Zizek gosta de usar é sobre a questão do “café descafeinado”. O que isto? É algo que existe sem a substância. Algo que é mais não é: cerveja sem álcool, doce sem açúcar, etc. 

A moda na política brasileira, com toda esta onda de marcha contra a corrupção, de luta pela transparência, de implantação da democracia e blá, blá, blá, se situa neste mesmo mundo das coisas que são sem ser, das coisas sem as suas substâncias. Capitalismo sem corrupção? Capitalismo transparente? Capitalismo democrático? Ei, garçom, traga aí pra mim uma água com gás - sem gás - por favor!! 

O que de fato queremos, como disse o Robespierre, é uma revolução sem revolução, uma vitória sem derrotados, uma mudança que nos deixe onde estamos e da forma que tudo está. 



Por isto que quando alguém reclama comigo da corrupção, quando alguém me chama para todas estas marchas e passeatas, a primeira coisa que eu pergunto é: tá disposto a derrubar o sistema capitalista? Acredita no fim do capitalismo? Se a resposta for não, então eu deixo estes indivíduos seguirem suas marchas que os levam para o mesmo ponto de partida, os deixo tomando seus cafés descafeinados... 

E eu? Eu sento no bar e digo: garçom, uma cerveja – com álcool – por favor. 

Autor: Wagner Francesco.